Como reconhecer sintomas de coronavírus em crianças, segundo pediatras - Cabeça de Criança

Como reconhecer sintomas de coronavírus em crianças, segundo pediatras

Como reconhecer sintomas de coronavírus em crianças, segundo pediatras



Como reconhecer sintomas de coronavírus em crianças, segundo pediatras
Imagem de Md. Shazzadul Alam por Pixabay

Apesar da discussão sobre a capacidade dos jovens de transmitir a covid-19, pediatras destacam que os sintomas de coronavírus em crianças e adultos são os mesmos. De acordo com Sean O’Leary, vice-presidente do Comitê de Doenças Infecciosas da Academia Americana de Pediatria, à CNN, congestão nasal, tosse, febre e perda do olfato podem acontecer em qualquer faixa etária.

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O pediatra Daniel Cohen acrescenta à lista de sintomas de coronavírus qualquer dificuldade para respirar, erupções cutâneas e fadiga. “É muito importante avisar o médico imediatamente se as crianças estão dormindo o tempo todo ou se estão exaustas, se não estão bebendo ou comendo”, alertou ao portal. O médico aconselha os pais a procurarem ajuda se perceberem que os filhos não estão agindo normalmente. Além de diagnosticar a covid-19, essa é uma forma de acompanhar a progressão da doença.

Os especialistas sabem que é particularmente assustador para os pais que muitas crianças sejam assintomáticas, ou seja, que não apresentam sintomas ainda que sejam portadoras do coronavírus. Ainda que seja uma boa notícia quanto à segurança dos filhos, alertam que é preciso pensar na proteção de quem está próximo dessas crianças – pais, avós, irmãos.

Monitorar a exposição das crianças a pessoas contaminadas por meio de rastreamento é uma forma de controlar a situação. O número de vezes que os pequenos assintomáticos foram expostos à covid-19 e a capacidade de testes de suas comunidades devem ser levados em consideração para decidir se uma criança assintomática deve ser testada para infecção por coronavírus, diz Sean O’Leary.

Os relatos de casos da Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica (SMIP), síndrome rara que afeta crianças e pode aparecer dias ou semanas depois que a criança contraiu a covid-19, também geram preocupação nos pais. Casos de febre duradoura sem motivo aparente podem levantar suspeitas. Dor no abdômen, diarreia, manchas no corpo e conjuntivite são outros sinais a serem observados. Os médicos dizem que a SMIP possui características similares à Doença de Kawasaki.

Algumas crianças que apresentam a síndrome precisarão de cuidados na unidade de terapia intensiva pediátrica. Quando examinados, os jovens pacientes mostram sintomas de disfunção de múltiplos órgãos e altos níveis de inflamação no sangue. Segundo especialistas, a SMIP pode ser evitada com os mesmos cuidados tomados para a covid-19: higienização das mãos, uso de máscaras e distanciamento social. Apesar da preocupação, eles lembram que se trata de uma doença rara.

Mas como ter certeza se seu filho está doente ou apenas estressado? Os pediatras dizem que, em meio à pandemia de coronavírus, é melhor presumir que a criança não está fingindo sintomas. “Muitas crianças estão tendo depressão ou reações de humor à pandemia, o que também pode afetar a disposição e a motivação”, afirmou a pediatra comportamental de desenvolvimento Jenny Radesky, professora assistente de pediatria da Universidade de Michigan, à CNN.

A especialista aconselha os pais a evitar perguntas diretas às crianças, propensas a darem respostas automáticas “sim” e “não”. No lugar de questionar se a garganta da criança está doendo, por exemplo, pergunte qual é a sensação dela. Além disso, a médica aponta que febre é um sintoma difícil de fingir.

Ainda que os pais sejam cuidados, há o risco de mandarem crianças assintomáticas para as escolas na retomada das atividades presenciais. Para tentar conter o surto de coronavírus nas instituições de ensino, uma equipe de pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Stanford recomenda que as escolas sigam um procedimento em três frentes: todos os alunos com sintomas devem ser testados; as escolas devem realizar testes aleatórios em estudantes e funcionários para identificar pacientes assintomáticos e alunos de famílias de alto risco devem ser testados com mais frequência.

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